Amazonas Decreta Estado de Emergência em 20 Municípios Devido à Seca dos Rios

Manaus, AM – O Governo do Amazonas decretou estado de emergência em 20 municípios das calhas dos rios Juruá, Purus e Alto Solimões, em virtude da seca que assola a região. A medida, válida por 180 dias a partir da publicação no Diário Oficial desta sexta-feira (5), tem como objetivo proporcionar amparo legal e mobilizar recursos para enfrentar a crise hídrica. Paralelamente, foi decretada emergência ambiental em razão das queimadas no sul do estado, em Manaus e na região metropolitana.

Detalhes dos Decretos

Municípios Atingidos pela Seca:

Calha do Juruá: Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati, Eirunepé, Carauari, Juruá.
Calha do Purus: Pauini, Lábrea, Tapauá, Beruri, Canutama, Boca do Acre.
Calha do Alto Solimões: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tonantins.

Municípios em Emergência Ambiental:

Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Canutama, Lábrea, Boca do Acre, Manaus, Iranduba, Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Careiro, Autazes, Silves, Itapiranga, Manaquiri, Maués, Tapauá.

Impacto da Seca e Queimadas

Segundo a Defesa Civil, os níveis dos rios estão significativamente abaixo do esperado. Por exemplo, o Rio Negro atingiu 26,70 metros nesta sexta-feira, em comparação com 27,89 metros em 2023. Em Tabatinga, a cota chegou a apenas 6,32 cm. Estes baixos níveis de água estão prejudicando o transporte fluvial e a vida nas comunidades ribeirinhas.

Ações Governamentais

Durante uma entrevista coletiva, o governador do Amazonas, Wilson Lima, explicou a importância dos decretos: “O Decreto de Emergência é fundamental para garantir suporte legal aos municípios, facilitar a comunicação com o Governo Federal e assegurar que a ajuda chegue rapidamente.”

Comitês Criados:

Comitê de Enfrentamento da Estiagem: Composto por 33 secretarias e órgãos estaduais, responsável por coordenar as ações de prevenção, mitigação e resposta à seca.
Comitê Técnico-Científico: Formado por dez especialistas que estudarão as mudanças climáticas e proporão estratégias de adaptação e mitigação.

Plano de Contingência

O governo do Amazonas está implementando um plano de contingência focado em:

Abastecimento de Água Potável
Fornecimento de Insumos e Medicamentos
Apoio à Produção Rural
Manutenção da Rede Estadual de Educação
Ajuda Humanitária

Proibições e Medidas

Durante o estado de emergência ambiental, será proibido o uso de fogo, com ou sem técnicas de queima controlada. “O Decreto de Emergência Ambiental determina ações de combate aos focos de calor e critérios de qualidade do ar para evitar problemas de saúde, como os enfrentados no ano passado devido à fumaça em Manaus”, explicou Eduardo Taveira, secretário de Meio Ambiente.

Com estas ações, o Governo do Amazonas espera mitigar os impactos da seca e das queimadas, garantindo a segurança e o bem-estar das comunidades afetadas.

fonte: https://g1.globo.com/

Foto: Divulgação/Secom