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Diretor-presidente do Ipaam é exonerado após esquema de corrupção ser revelado

Diretor-presidente do Ipaam é exonerado após esquema de corrupção ser revelado

Investigações apontam envolvimento de servidores em práticas ilegais e emissão de licenças ambientais fraudulentas.

Manaus/AM – O diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, foi exonerado de seu cargo nesta segunda-feira (9). A decisão veio após a Polícia Federal deflagrar uma operação que revelou um esquema de corrupção dentro do órgão ambiental.

De acordo com a PF, o esquema criminoso envolvia servidores em posições estratégicas que utilizavam seus cargos para facilitar práticas ilegais, como a emissão de licenças ambientais fraudulentas, suspensão irregular de multas e autorizações ilegais para desmatamento.

Investigações antigas e novas ações
Os primeiros indícios do esquema foram identificados em 2019, durante a Operação Arquimedes, que investigou crimes semelhantes. Nesta nova fase das apurações, estão sendo cumpridos mandados de busca, apreensão e prisões preventivas, emitidos pela 7ª Vara Federal Criminal de Manaus.

A operação, chamada Greenwashing, revelou que fraudes fundiárias foram praticadas por mais de uma década, começando em Lábrea/AM. Entre as irregularidades estavam a duplicação e falsificação de títulos de propriedade, que resultaram na apropriação ilegal de cerca de 538 mil hectares de terras públicas.

Entre 2016 e 2018, a organização criminosa ampliou suas ações ao inserir informações falsas no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), com a ajuda de servidores públicos e técnicos. Nos últimos três anos, o grupo estendeu suas atividades para áreas em Apuí/AM e Nova Aripuanã/AM.

Impactos e medidas de combate
As operações de combate à corrupção resultaram na descapitalização de aproximadamente R$ 1 bilhão do grupo criminoso, enfraquecendo sua estrutura financeira. Segundo a Polícia Federal, ações como a Operação Expurgare são fundamentais para proteger o meio ambiente, combater irregularidades e responsabilizar os envolvidos.

Denúncias e transparência
A população pode contribuir com as investigações por meio de denúncias anônimas enviadas ao canal oficial da PF (acesse aqui). O sigilo do denunciante está garantido.

Em nota oficial, o Governo do Amazonas destacou que todas as atividades dos órgãos estaduais seguem os princípios de transparência e legalidade, reafirmando o compromisso com a lisura em suas ações.

Pontos de reflexão
A situação evidencia tanto os impactos da corrupção na preservação ambiental quanto a relevância de operações rigorosas para desarticular esquemas ilícitos. Enquanto a exoneração do diretor-presidente representa um passo importante, o episódio levanta questões sobre os mecanismos de controle e a necessidade de fortalecer a fiscalização para evitar novos casos.

E você, o que pensa?
Qual sua opinião sobre as ações de combate à corrupção ambiental no Amazonas? Acredita que as medidas adotadas são suficientes? Deixe seu comentário e participe do debate!